CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Sentei aqui na sala para escrever as considerações finais do meu trabalho de conclusão de curso, e me peguei tentando achar coisas que me acalmassem. Já tem um tempo que venho pensando nisso, coisas para me acalmar, porque não consigo controlar a ansiedade que está saindo em ondas de mim.

São tempos turbulentos, provavelmente pra todo mundo. Parece que todo mundo que eu conheço, tá no limite esses dias, e ou esconde muito bem, ou já sai estourando a qualquer menção de conflito. Deve ser o mal da minha geração, ter um vendaval de emoções circulando dentro da gente, louco para estourar para a superfície e levar tudo ao nosso redor para longe, mas por fora continuar sereno, até sorrindo, como se não houvesse mal algum no mundo.

E então, há eu, que só consigo pensar que vai ficar tudo bem e não por vontade própria. Deve ser algum mecanismo de defesa que meu cérebro criou para tentar me proteger de mim mesma. E eu sinceramente não sei se está funcionando.

Eu sempre fui muito empática. Sempre soube me colocar no lugar do outro antes de sair julgando tudo e todos, só que agora toda vez que eu sinto que alguém tá passando por alguma coisa ruim, eu me sinto sugada pelo problema dela, eu sinto toda aquela tristeza e é como se eu não pudesse respirar direito. Quem me dera fosse alguma habilidade maravilhosa que me levasse direto para o professor X, acabou que eu só virei um buraco negro pra emoções ruins.

Eu faço piadas sobre o assunto, rio e até mesmo sorrio, mas está tomado tudo de mim. Eu tô cansada pra caramba, só… cansada, fisicamente e emocionalmente. Minhas mãos tremem, minhas unhas ficam cravando a pele das minhas mãos, não consigo ficar muito tempo fechada junto com muitas pessoas e eu rio, rio alto, mas acho que eu tô pedindo socorro.

Eu não leio mais meus livros e as séries que eu comecei a ver, já não me interessam mais. Parece que eu tô vendo aquele vazio imenso que eu costumava sentir, parado ali do lado de fora da minha porta, só esperando pra voltar e preencher todas essas lacunas, aqui dentro, logo agora que eu começava a sentir mais do que apenas a velha indiferença de sempre.

E eu não sei como evitar.

Eu não tenho coisas boas pra falar, nenhum autor inteligente pra citar, nenhum livro bacana pra indicar, só precisava de uma coisa pra me acalmar.

Hoje as músicas de sempre, respirar fundo, o plano de fundo do Noah Centineo e todos os mantras não estão funcionando, então lembrei que escrever me faz sentir mais do que liberdade e calma, me faz sentir esperança.

Que era tudo que eu precisava hoje, uma coisa minha, uma emoção genuína, uma coisa que me fizesse e me lembrasse eu.

Vocês todos que estão nesta turbulência: aguentem firme.

Vocês são incríveis, apenas por serem vocês mesmos .

Coragem.

365 DIAS PARA NOVAS DECEPÇÕES: ESTE NÃO É UM POST DESTRUTIVO.

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Eu costumo escrever todos meus posts no computador antes de postar aqui, mas esse eu resolvi vir aqui e colocar tudo direto e sem direito a retorno, usando backspace apenas para apagar possíveis letras fora de ordem. O motivo é que, rascunhar esse post antes iria contra o propósito desse post.

Deixa eu dividir isso aqui com vocês: eu sou uma dessas pessoas que diz que não acredita em signos, mas a cada publicação de zodíaco, fica lá, lendo e se identificando com todos aquelas palavras bonitas e genéricas.

Eu tenho um ponto, vou chegar nele já já.

O que todas aquelas publicações insistem em dizer é que os librianos são indecisos, e eu sou, realmente, sou. E isso atrapalha minha vida em um nível que me impede de fazer coisa pra caramba. Eu penso duzentas vezes antes de fazer, falar, ou até mesmo me permitir sentir alguma coisa e quando não tenho certeza, eu não faço, as vezes eu deixo de viver coisas que podem ser incríveis, e as vezes quando me permito, é tarde demais. E eu fico lá me corroendo e pensando sobre como poderia ter sido, como poderia ter sido diferente.

É verdade, que tudo isso é muito subjetivo, eu  podia quebrar a cara sim, mas em todos os meus vinte e poucos anos, eu olho para trás e desejo que tivesse me deixado quebrar a cara mais vezes, eu deixei de amadurecer com várias experiências que eu evitei e nada disso me tornou mais sábia de uma forma que me sinto satisfeita. E não é sobre ser responsável, manter meus pais satisfeitos com uma filha consciente, não beber, não ir pra lugares errados, é mais. É sobre conseguir respirar no final do dia e não sentir aquele peso no peito.

Hoje, começa um ano novinho em folha, com 365 dias novinhos, todos eles em branco, só esperando a gente ir la e preencher ele com boas e más decisões, com erros e angustias, mas também com uma quantidade absurda de acertos e felicidade. E não dá pra apagar nada, não dá para arrancar uma página, reescreve-la, você só pode ir lá e dar o seu melhor no outro dia, fazer dele incrível, lutar por você e procurar não se arrepender pelos dias ruins. Poque na maioria das vezes eles vão superar os dias bons em seus números, mas a intensidade de como você vai vivê-los ou se lembrar deles, é com você.

Esse ano que passou me aconteceu uma tonelada de coisas ruins, e se eu for sincera, eu ainda não lidei com a maioria delas, mas aconteceram coisas boas, eu conheci pessoas incríveis, pessoas altruístas, pessoas que me fazem querer ser melhor, e conheci muita gente otária também. Mas adivinhem de quem me lembro melhor?

E se eu for ser mais sincera, eu vou admitir que quando eu me imaginava no futuro, não era isso aqui não, e muitas vezes, orgulho nem passa perto da palavra que eu usaria pra descrever como me sinto sobre a pessoa que me tornei e tô tão perdida com quem eu sou no mundo, quanto em qualquer outro dia que eu já vivi.

Mas ta aí, 365 dias pra eu me decepcionar com tudo o que eu acho que sou agora, 365 dias pra mudar tudo isso, e surpreender a merda fora das minhas expectativas pobres de vida, e ser alguém melhor, a melhor versão de mim mesma, como dizem por aí.

E em meio a todo o meu blábláblá e dramas pessoais, eu vim desejar pra vocês isso: sejam espetaculares, mostrem pra 2017 que ele foi um ano terrível, mas que cada um de vocês é incrível demais par ficar preso em cada decepção que ele trouxe pra vocês, façam um 2018 fenomenal (tô arrasando nos adjetivos), se deixem viver, não tô dizendo pra não pensarem antes e saírem por aí povoando a terra com decisões impensadas, só tô dizendo que tem um mundo grande pra caramba aí fora, cheio de pessoas interessantes com vidas e experiencias completamente diferentes das de vocês, se deixem conhecer e conheçam tudo o que vocês puderem, não só a séries, os filmes, os videogames e os livros, (embora eles sejam importantes também), mas todo o resto, ta aí, do seu lado, só esperando você se dar conta e dar uma chance. Não pensem muito sobre tudo, esse tempo? Você pode aproveitar para viver.

Eu vou dar o meu melhor pra isso, espero que vocês também.

A gente se vê logo.

Feliz Ano Novo 😉

Paz ❤

 

EU DESNATURADA + DOIS ANOS DE BLOG!

Quem foi a pessoa mais querida da terra que esqueceu o aniversário do blog?

Sim sim sim, foi moi!

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E não existem desculpas (na verdade, existem várias, mas nenhuma realmente boa o suficiente), para isso. Mas é basicamente o que eu faço na vida, esquecer coisas e menosprezar o valor de algumas delas.

Quando eu tava na sexta ou sétima série, por algum motivo bem idiota eu pressionei meu melhor amigo pra me contar que ele gostava de uma determinada menina, e quando ele disse que na verdade, ele gostava era de mim, eu fechei ele completamente da minha vida. Idiota.

Entenderam? Quando alguma coisa, por algum motivo faz com que eu me sinta desconfortável ou pressionada de alguma forma, eu corto ela e pronto.

O blog disse que ama rsrsrsrsrs

Ok, não, mentira.

Eu comecei a achar que nada do que eu andava escrevendo era bom o suficiente. Mas bom o suficiente pra quem?

O meu intuito desde o começo era escrever pra mim, mesmo que eu estivesse indicando livros para as outras pessoas.

E eu li livros incríveis, mas nem todos eles eu postei no blog por achar minhas impressões rasas ou mesmo, por querer guardar eles só pra mim. E também tem aquela coisa de: “Nossa olha quantas resenhas aquele outro blog ali posta por semana/dia/hora/mês”. E esse tipo de pensamento começou a afetar até minhas leituras, eu só não conseguia ler. E essa é a coisa que eu mais amo, a coisa em que eu sou melhor.

Então, eu comecei a me sentir pressionada.

– Nossa, mas a vida adulta é assim mesmo, a gente tem que se acostumar com a pressão e esse tipo de coisa.”

Sério, que morte horrível.

O blog nasceu pra ser leve e descomplicado e eu acabei complicando tudo.

Cada post de desculpa, sumiço e etc’s, é um empurrão pra longe que eu acabo dando no assunto. Cada maratona de série, tanto as literárias, com as da Tv (que atualmente são muitas), são desculpas que eu arrumo para deixar para depois, para conseguir não pensar. E é apenas, frustrante pra caramba.

E tem a coisa das pessoas. As pessoas de fora, e por fora, quero dizer sua família, amigos e todo mundo que vai ficar em cima de você cheios de “como é que vai o seu blog e etc?”

Pressão, pressão, pressão.

E tem a vida, né? Tem dias em que ela é absolutamente uma droga, dias em que a gente acorda e parece como se a gente nunca mais fosse ser feliz. Dias em que a gente se esforça pra caramba pra continuar com todo o resto ou apenas focar numa tarefa por vez.

E tem dias em que o cara da biblioteca onde você estuda olha pra você e baseado no que vê, julga que você não é o tipo que lê e te dá um passa-fora.

Meu filho, eu leio mais de 100 livros por ano, e você, lê quantos?

(é, acho que isso não era pra ter entrado nesse post)

Eu amo ler, amo falar sobre livros, amo, amo mesmo.
E mesmo que reconhecer o problema seja o primeiro passo para a solução, não é tão fácil assim, não é tão simples.

Cada comentário me faz sorrir, cada interação, cada acesso de vocês me faz muito feliz e eu só tenho a agradecer. E eu vou voltar a postar, aos poucos, como eu já disse em outro post. Eu não preciso provar nada pra ninguém além de mim mesma, e assim que eu conseguir colocar isso de vez na cabeça, eu volto.

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Obrigada a todos vocês por esses dois anos, mesmo. Espero que venham mais, e que eles sejam mais felizes e mais descomplicados.

Amor,
Ana.

[VEM VER] – AMAZON: PROMOÇÃO + CUPOM.

AMAZON ta com uma promoção incrível, comprando o Box  fabuloso de Harry Potter e adicionando em seu carrinho O Mundo Mágico de J.K. Rowling. A Magia do Cinema. Pessoas Extraordinárias e Lugares Fascinantesvocê leva esse segundo de graça!

Mas corre porque a promoção encerra dia 23 desse mês!1200x628._V504470620_

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Eu vou ali, ver se finalmente, finalmente, finalmente compro meu box.

Beijo pra vocês, cuidem-se!

RESENHA: SLAVE TO THE RHYTHM – JANE HARVEY-BERRICK.

Slave to the Rhythm, capa SINOPSE:

Dança. Armas.

MÚSICA. Balas.

RITMO. Dor.

Música na minha cabeça, dança no meu corpo, o ritmo do meu coração.

Até onde você pode cair em apenas um mês? Com que rapidez pode o espírito humano ser quebrado? Onde o mal se esconde à vista?

Ash quer dançar. Precisa. Deixar para trás uma vida de expectativa e dever, de libertar sua alma.

Mas a vida nunca é tão simples assim. Cada etapa é uma viagem em uma estrada nova.

Para toda a ação há uma reação. Cada escolha tem uma consequência.

E quando você encontra a pessoa errada, todas as apostas estão desligadas.

Laney tolera suas limitações, empurrando silenciosamente os limites. Mas quando Ash cai em seu mundo através de raiva e violência, desencadeia uma reação em cadeia que nenhum deles esperava.

MINHAS CONSIDERAÇÕES:

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Páginas: 291  • ASIN:  B01ADL94B6 • Autor: Jane Harvey-Berrick • Data de Publicação: 08 de Março de 2016 • Gênero: New Adult • Idioma: Língua Inglesa • Formato: E-book • Você encontra na Amazon.  

CLASSIFICAÇÃO: 5 ESTRELAS.

 A versão oficial da minha opinião sobre os livros: é que a vida já é cheia de tragédia e tristeza pra gente ficar lendo sobre dor, destruição e os mais variados tons de atrocidades.

A versão extraoficial é: NOOOOOSSA OLHA ESSA SINOPSE, PARACE BEM DOLOROSO! NOSSA PROMETE MUITO CAOS E VÁRIAS MORTES! VAI ACABAR COM MEU PSICOLÓGICO. HUUUUM, VOU LER!

Naturalmente essa última é o que vale na hora de escolher o livro. Porque apenas, não sigo meus próprios conselhos.

Entendam, eu realmente não aprecio a tragédia, nem nada disso, mas vamos concordar que nenhum livro é cem por cento feliz (se ele for, algo de muito errado não está certo). E nada se compara com a leitura de um livro que faz você prender a respiração ou precisar de uma pausa para respirar, porque os sentimentos que ele evoca em você são demais. Mas isso não vai importar e você não vai largar a história enquanto não souber que vai ficar tudo bem, ou o mundo vai explodir novamente em caos, ou eu não sei, você só tem aquela urgência de chegar ao final.

E é exatamente isso o que aconteceu em Slave To The Rhythm.

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No começo parecia apenas mais um desses livros, vocês sabem qual, aqueles com o badboy que se apaixona pela boa garota e todo aquele amor faz ele sossegar.

E no início é o que parece. Laney é atraída pelo bonito dançarino no clube com aquela garota que apenas parece completamente errada com ele, e quando a garota deixa o cara na pista e ele olha desesperado em busca de alguma coisa, acaba vindo até ela.

O rapaz que diz se chamar Ash, parece desesperado para dançar com ela, mas isso apenas não vai acontecer. Eu já meio que desconfiava do porquê, mas não deixei de me chocar um pouco quando suas amigas vêm em seu auxílio e empurram sua cadeira de rodas.

Eu tenho que dizer que pensei todo tipo de coisa, a partir daí, mas não tive muito tempo, porque passado o prólogo veio a versão de Ash, e quando entendi tudo, eu só queria que tudo passasse bem rápido e que tudo bem, não ter tantos detalhes.

Ash é um dançarino, que veio da Eslovênia, para a América, dançar em um Teatro em Las Vegas. Mas logo que chega ao aeroporto nota que algo não está certo, principalmente depois de ter que entregar seu telefone e seu passaporte para o cara grandão e nada amigável que veio buscar os dançarinos no aeroporto.

Acho que isso diz muito sobre o que Ash, se meteu né?

(Eu assisti Salve Jorge, dona Jane Harvey-Berrick.)

Ele realmente está lá para dançar, mas acabou na mira de um desses caras que está no comando por lá (eu não vou contar o que acontece, eu não vou contar o que acontece, eu não vou contar o que acontece, eu não vou contar o que acontece, eu não vou contar o que acontece, eu não vou contar o que acontece). E vou dizer para vocês que não foi bonito e eu só queria virar todas as páginas até chegar num momento feliz da história. Queria que as cenas fossem menos curtas e que tivessem deixado as coisas para a minha imaginação, e aliás, eu ia ignorar imaginar de todas as maneiras possíveis.

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Mas Jane não poupou nenhum detalhe e se esforçou ao máximo para dar a nós, leitores, uma visão completa do que a Máfia fez com Ash.

(Ou não se esforçou, sei lá, né. Ela mata personagens incríveis muito facilmente, eu li os outros livros dela, eu já vi o que ela pode fazer com apenas algumas palavras.)

Então depois de contar tudo o que Ash passou até se encontrar com Laney, temos o ponto de vista dela. Ela acaba indo assistir ao show em que Ash está dançando e durante o intervalo, quando vai ao banheiro, acaba se deparando com um show de horrores. Sergei (o cara que encanou com Ash), está no banheiro e tem homens o mantendo preso, para estupra-lo.

Sim, isso foi um spoiler.

A partir daí, acho que a história começa.

Laney salvou a vida de Ash, entrando naquele banheiro e pedindo socorro, mas acabou colocando sua própria vida em risco. E ela não parou por aí, ela e as amigas alugaram um carro para deixar a menor quantidade possível de pistas e Laney fugiu com Ash de Vegas, levando-o para sua casa para pedir ajuda a seu pai, que é um policial. E Ash, não confia em policiais, desde que ouviu que aqueles de Vegas estavam na folha de pagamento da máfia russa.

Tudo parece muito louco e acontece em tão pouco tempo, e quando a gente menos espera revelações e mais revelações são jogadas nas páginas e apenas… UAL.

Laney tem um namorado (um bem idiota), é mais velha que Ash (isso não é um ponto principal), e ela anda.

Sim.

É isso aí. Ela anda.

Não é nenhum milagre, promovido pelo amor ou pela dança (porque ela tem dois pés esquerdos ~não de verdade~), ela tem artrite reumatoide e tem momentos de dor insuportável.

Então, ela apenas vai lá e leva Ash para morar com ela. Sem levar nada em consideração.

Ash não consegue esquecer da garota sem nome que ele viu no primeiro dia, a qual um dos capangas de Sergei sufocou provavelmente até a morte, quando estava tentando força-lo a fazer algo. Também não consegue deixar de pensar em seus amigos que ainda estão lá e podem sofrer por sua causa. E ele não tem nada. Nenhum dinheiro, roupa, telefone ou documentos. Só a bondade de Laney e sua dança.

Muita coisa acontece na história e a Jane tem um jeito de criar toda essa tragédia louca e ainda conseguir com que a gente possa ver a beleza no meio dela. A bondade. O amor. Até mesmo humor.

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Se eu usar qualquer outro adjetivo que não seja LINDO, para descrever esse livro, eu vou estar mentindo, muito descaradamente.

A Jane como sempre, conseguiu pintar esse quadro, assombrosamente lindo de tragédia, caos, coragem e paixão. Porque é disso que esse livro trata, de paixão. Paixão e coragem. Não só Laney e Ash como um casal, mas a paixão de Ash, pela dança, a gente pode acompanhar cada passo, de cada música, curando ele um pouco mais.

E esses dois são corajosos pra caramba. Além de terem os maiores corações.

Laney convive com a dor todos os dias, e mesmo no seu pior, não pôde parar de lutar por sua vida e fazer de sua missão pessoal, salvar Ash.

Apenas, obrigada Jane.

Por ter escrito algo tão incrível.

Por tratar de assuntos tão sérios, como o tráfico humano e abuso.

Mas principalmente por mostrar que há esperança, bondade e salvação, mesmo nas situações onde a palavra “desumano” acaba sendo pequena para expressar quão terrível realmente é.

Você é incrível, mulher.

Só, continue escrevendo pra caramba.

É uma pena que por enquanto nenhuma editora brasileira tenha descoberto o quão sensacional você é.

Sobre esse livro: apenas leiam e se apaixonem pelo Ash, tanto quanto, eu.

PS: Sim, eu não fiquei tão feliz com o final e sim, vou ver se com Luka, consigo um encerramento pra Laney e para o Ash que me deixe mais satisfeita.

É isso pessoas.

Beijo pra vocês.

Cuidem-se.

Paz ❤

 

Tá tudo bem não ter todas as respostas.

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Quando eu me imaginava no futuro, pensava em mim, como uma daquelas meninas silenciosas que sentam em cafés, por horas, apenas na companhia de um livro. Aquelas que parecem completamente serenas e bem resolvidas com o mundo.

A parte estranha é que, eu nunca, nem mesmo, gostei de café.

Pensando bem, provavelmente sou aquela garota, apenas não tão misteriosa quanto achei que seria, só… mais desiludida e nenhum pouco resolvida com o mundo. Mas atuo a serenidade muito bem.

Acho que a vida faz isso com a gente, vai matando os sonhos. Vai colorindo tudo de cinza.

Fazendo a gente endurecer nas bordas.

Eu fiquei doente no meu último dia de aula da escola, apenas fiz minhas provas e não me despedi de ninguém. Nunca parei para pensar que existiam pessoas ali que eu nunca mais iria ver na vida, nem que as vidas de algumas delas seriam tão curtas. Quando a gente é jovem, pensa que o dia seguinte a liberdade vai durar pra sempre e a gente fica tão ansioso que o dia chega e passa e nada acontece, mas não pensa sobre isso e continua esperando naquele recreio eterno, o extraordinário acontecer.

A verdade é que provavelmente nada de extraordinário vai acontecer, então nossa noção do que é extraordinário vai mudando, diminuindo, minguando, até se transformar em satisfação momentânea, e começa a esperar pelo normal, pelo simples, pelo banal.

Eu fui excluindo as pessoas da minha vida, desde a época da escola, chegando num ponto onde eu falava com todo mundo, mas não tinha nenhum amigo, e isso se mudou junto comigo pra vida adulta. Aos poucos, fui mandando todo mundo embora, encurtando todos os “ois”, contornando todos os diálogos inevitáveis e trancando o mundo todo de mim.

Eu criei uma ideia tão grande de não amar, de não precisar, de não querer que acabei me tornando uma dessas pessoas carentes de vida, que se recusam a acreditar em relacionamentos, ou em sonhos.

Eu queria o mundo, então de repente, eu só precisava de uma pausa dele.

A grande regra da minha vida se tornou “não deixar nada muito pessoal”.

A gente precisa marcar de se ver um dia” “Claro, vamos marcar”, eu me tornei a epítome dessa garota. Não ia sentar com ninguém pra brincar de ser banal e em seguida contar o fracasso da minha vida. Não quando há apenas alguns anos eu parecia ter tudo planejado, e pronto pra ir.

Anos atrás, eu precisava que alguém me dissesse, tá tudo bem não ter todas as respostas, você provavelmente nem vai precisar de todas elas.

Eu tô fazendo tudo errado, errando, errando e errando cada vez mais, provavelmente fazendo um estrago tão grande que alguma coisa aqui dentro vai ficar irreparável, mas tô tentando acertar também. Só não quero que mais ninguém se machuque no processo, porque embora a fachada insensível continue de pé, eu ainda me importo.

Eu ainda quero viver, ter as perguntas certas e aprender como responde-las por mim mesma. Quero aprender a sorrir, a sentir, a falar, a deixar as pessoas voltarem a entrar. Quero reaprender a conhecer as pessoas, começar as conversas e saber mais sobre elas. Quero aprender a lidar com o medo de que as pessoas vão me decepcionar, se decepcionar comigo ou ir embora.

Não quero deixar passar aqueles momentos, aqueles que podem ser os únicos, os últimos, os mais preciosos.

Eu ainda quero sonhar, ter fé, no mundo, no céu, nas pessoas, em mim.

Eu quero respirar o mundo e tirar todas essas travas e cadeados que eu coloquei ao meu redor e responder um sim de verdade pra cada pessoa que eu não vejo há muito tempo.

Quero guardar meu livro na bolsa, pedir chocolate quente, ou alguma mistura doce que vá pouco café e muita espuma, deixar a fachada ir, rir e me concentrar nas pessoas que estão na mesa comigo.

E dizer pra qualquer um tão perdido quanto eu, que não tem problema não ter todas aquelas respostas, a gente nem sempre vai saber o que fazer com elas e as perguntas estão sempre mudando.

Tá tudo bem não ter grandes sonhos também, e se você tiver sonhos enormes, tá tudo bem também.

Não tem problema amar cafeterias pitorescas e odiar café.

Não tem problema tirar uma folga do mundo, das pessoas e tirar um tempo pra você.

Não tem problema ser você.

Não tem problema se perder no caminho, ou ir devagar, um passo de cada vez. Ninguém escreve seu caminho, só você.

Não tem problema estar triste, se desiludir, errar, errar e errar.

Só tem problema desistir de você e achar que você merece menos do que o extraordinário.

Porque você merece.

Tudo.

E eu também.